Entre 1945 e 1964, o crescimento das favelas cariocas foi associado ao fato de serem espaços habitados majoritariamente por parcelas mais pauperizadas da classe trabalhadora. Pestana analisa entidades e lutas dos favelados, conceituando-os como partícipes dessa classe. Sugere que eles, em sua imensa maioria componentes da classe trabalhadora carioca, teriam participado ativamente de um processo mais amplo de formação de consciência classista por parte desse proletariado. A pesquisa concentra-se nas mobilizações de 1954, com a fundação da União dos Trabalhadores Favelados (UTF), encerradas com o golpe de 1964. O autor percebe que o caráter eminentemente classista das manifestações conduzidas por meio da UTF, o enraizamento de seus núcleos de base no cotidiano dos trabalhadores favelados, os contatos com organizações do proletariado carioca e a relativa radicalidade de suas demandas desempenharam papel fundamental na permanência e na expansão das favelas ao longo do período entre 1945 e 1964. O percurso da UTF vai da fundação ao fim de seu primeiro momento, em 1958. Em seguida, aborda o 1º Congresso dos Trabalhadores Favelados (1959), a partir do qual se fundou a Coligação dos Trabalhadores Favelados da Cidade do Rio de Janeiro. Destaque para a atuação posterior dessa entidade e o envolvimento estatal, com passagem do sistema de controle autoritário para o de controle negociado.
União dos Trabalhadores Favelados e a luta contra o controle negociado das favelas cariocas (1954-1964), A
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Capa comum: 297 páginas Editora: Eduff; Edição: 1ª (22 de julho de 2016) Idioma: Português ISBN-10: 8522811776 ISBN-13: 978-8522811779 Dimensões do produto: 23 x 16 x 1,7 cm Peso de envio: 467 g
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