A vertente crítica da abordagem interpretativa coloca forte ênfase na possibilidade de se criar na organização uma cultura reflexiva e dialógica, centrada em modos de pensar que valorizam o diálogo e aquilo que Habermas chama de entendimento ‘forte’ entre os sujeitos. A argumentação e o diálogo se tornam princípios para a emergência de decisões e normas de cunho mais compartilhado, que dão à organização o caráter de empreendimento comum, ou seja, experimentado pelos participantes como razoável para todos, bom para todos, justo. Ademais, valoriza também a competência do sujeito para compreender e sentir-se motivado pelo significado dessas decisões e normas compartilhadas. Por fim, valoriza o ‘fazer justo’, a prática efetivamente coletiva, baseada em interpretações e decisões dialogicamente construídas e compartilhadas.