futuro além da paisagem,O

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“Reconhecer que somos parte da natureza e que todos nós temos direito ao meio ambiente saudável é o primeiro passo para contribuirmos com sua recuperação e conservação”.

Com essa frase, Mauricio Bianco, presidente da Conservação Internacional Brasil abre o livro O futuro além da paisagem. Embora a conservação da natureza pareça uma unanimidade, sua efetivação contrapõe conceitos e interesses de grupos específicos da sociedade que se materializam em disputas de território e se refletem na paisagem. Vista como “significado” e não como “aspecto”, a paisagem passa a permitir uma reflexão sobre mudanças nos modos de produção do presente para nos direcionar a um futuro no qual o planeta seja saudável e sustentável para todos.

Os organizadores da obra, Leonardo Esteves de Freitas e Bruno Henriques Coutinho reuniram um time de 21 especialistas para dar voz a diferentes setores da sociedade, fornecendo diagnósticos que apontam ações urgentes para enfrentar as extinções em massa, a crise climática e as questões relacionadas à conservação da natureza como um todo no país.

Como tratar algumas visões diferentes de conservação e ao mesmo tempo destacar convergências positivas? Essa pergunta norteou os convites para autores que pudessem promover um diálogo entre modos díspares de compreensão da conservação. Mesclando capítulos que promovem discussões com base em uma lógica técnico-científica e política e textos de caráter pessoal, o livro propicia uma visão geral sobre a conservação da natureza no Brasil, além de permitir entender como o processo de construção das políticas e projetos de conservação foi influenciado e influenciou a vida de pessoas que participaram dessa trajetória.

No prefácio, Mauricio Bianco e Daniela Raik abordam a relevância do Brasil para a conservação da natureza no mundo, os desafios enfrentados e os avanços alcançados desde a redemocratização, bem como retrocessos ocorridos nos últimos anos.

Fabio Rubio Scarano, no capítulo 1, discute o distanciamento da humanidade em relação à natureza e identifica a reaproximação entre homem e natureza como basilar para um projeto de desenvolvimento distinto do atual e que tenha foco na conservação.

No capítulo 2, Bruno Henriques Coutinho, Leonardo Esteves de Freitas e Thomas Lovejoy abordam o processo de implantação das Unidades de Conservação no Brasil e de combate ao desmatamento na Amazônia, mostrando que esse modelo, embora imperfeito, contribuiu para a conservação de importantes ecossistemas e ampla biodiversidade.

Miguel Moraes, Marcello Brito e Stefano Arnhold discutem bases filosóficas do ambientalismo, no capítulo 3, e apresentam a ideia de valoração do capital natural como alicerce para o desenvolvimento sustentável, priorizando o bem-estar e a geração de renda para a população.

André Nahur, Francisco Barbosa e Carlos Nobre tratam da relação entre mudanças climáticas e conservação, tendo como foco a necessidade de transição do modelo energético atual para um modelo de baixo carbono.

Miguel Moraes e Iuri Rapoport avançam na ideia de uma bioeconomia com base na possibilidade de uma mudança em direção a um desenvolvimento sustentável a partir de um processo de financiamento das atividades produtivas que incorpore a sustentabilidade de forma primordial.

Alessandra Bortoni Ninis, Marcela Cananea, Vagner Nascimento, Julio Karai e Leonardo Esteves de Freitas, no capítulo 6, questionam a forma hegemônica de produção e consumo e discutem os problemas relacionados à dicotomia preservacionismo x conservacionismo, lançando luzes sobre um proposta de conservação que denominam comunitarismo.

Fabio Rubio Scarano encerra a edição propondo cenários possíveis de futuro próximo (até 2030) e mais distante (2030 a 2050), mostrando possibilidades de redirecionamento no modelo atual de desenvolvimento. Scarano fala em incorporação da sustentabilidade ao modelo atual para embasar o desenvolvimento.

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