O tema deste trabalho é o movimento anarquista no Rio de Janeiro da Primeira República. Seu objeto especifico, a greve insurrecional ocorrida nesta cidade, em novembro de 1918. Segundo Bóris Fausto, este movimento – ao contrário da greve geral de julho de 1917, em São Paulo, que teria assumido “na memória social o sentido de um ato simbólico e único” – “teria sido borrado praticamente da memória social”. Além de praticamente apagada da memória social, a insurreição anarquista de novembro de 1918 vem merecendo pouca atenção dos historiadores e demais estudiosos do tema “movimento operário brasileiro na Primeira República”. Acreditamos que no processo histórico de formação da classe operária no Brasil o anarquismo desempenha papel fundamental. Isso porque o anarquismo é a única corrente ideológica que se propõe a organizar o movimento operário no Brasil que consegue, ao mesmo tempo: a) penetrar significativamente nessa classe operária em formação; b) elaborar: 1. Uma crítica radical aos fundamentos da sociedade burguesa e do Estado capitalista; 2. Um projeto alternativo, a partir de interesses de classe, de construção de uma sociedade livre e igualitária, sem classes e sem exploração, sem Estado e sem dominação; 3. Um projeto e uma prática culturais relativamente vigorosos e autônomos, marcados por uma identidade de classe.
insurreição anarquista no Rio de Janeiro, A
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